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Pingente de feitura artesanal usado originalmente pelas negras da Bahia, especialmente em dias festivos e com trajes característicos. Destinava-se a afastar os maus-olhados e malefícios ou a fins propiciatórios, votivos, evocativos etc., assumindo formas variadas e pitorescas: figas, partes do corpo ou da casa, corações, crucifixos, astros, peixes e romãs (além de outros animais ou frutas), tambores e pandeiros etc. A essas peças, em geral de prata, mesclavam-se outras feitas de pedras ou de madeira, além de moedas, sementes etc. Esses amuletos ou adornos eram reunidos em pencas presas em uma argola (galera) dependurada em uma corrente. Quando suspensos à cintura, os balangandãs chocalhavam. Os exemplares mais antigos, alguns mesmo de ouro, são preciosidades do artesanato brasileiro e fazem parte da rica ourivesaria baiana. O termo também designa a própria penca de balangandãs.